22 de janeiro de 2010

Inlustre

A vida esparrama-se

como cacos de vidro sobre a mesa.

Qualquer idéia acesa

passa a ser um livro aberto.

Está tudo tão perto,

tudo tão certo

que não tenho mais certeza.

Não tenho mais firmeza nos versos,

inversos diversos sem eira

na beira do meu universo.

Não penso besteira,

somente disperso

e inverto as estribeiras.

Até que o corpo cansa

quando a alma não alcança

os dedos descansam,

e a alma não segura presa.

No mais, sou mais um corpo na cama,

um quase que o nada não deixa.

Sou vela em chamas

que o corpo inflama.

E esqueço.

Deixa que o tempo derreta.

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